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No domingo, 30 de junho, assistimos a mais um capítulo do teatro da impunidade no Núcleo Permanente de Audiência de Custódia de São Sebastião, no Distrito Federal. Um criminoso, que já tinha um histórico de roubo majorado e estava cumprindo pena em regime domiciliar, foi preso em flagrante ao furtar uma motocicleta. Em uma reviravolta digna de tragédia cômica, ele decidiu mostrar sua indignação com a justiça destruindo a sala de audiência.

Durante a audiência de custódia, a Defensoria Pública, sempre pronta para defender o indefensável, pediu a liberdade provisória do bandido, alegando que ele não representava risco à ordem pública. Sim, porque um ladrão reincidente certamente merece uma nova chance, não é mesmo? Por sorte, o juiz Romulo Batista Teles, com um lampejo de sanidade, decidiu converter a prisão em preventiva, baseando-se no óbvio: o histórico criminal do indivíduo.

E então, o grande espetáculo começou. Revoltado, o criminoso começou a gritar e a chutar as divisórias de vidro da sala de audiência. Afinal, por que se conter quando se pode simplesmente destruir tudo ao seu redor? No vídeo, vemos a atuação magistral do delinquente, enquanto policiais tentam contê-lo. Um show patético que ilustra a total falta de respeito pelas leis e pela autoridade.

O mais irônico é que os bandidos já entram nessas audiências de custódia com a certeza de que sairão impunes. Acham que, apesar de seus crimes, não serão presos ou mantidos sob custódia. Essa confiança absurda na leniência do sistema judiciário faz com que comportamentos como o do vídeo sejam cada vez mais comuns. Eles acreditam que suas ações não terão consequências reais, e quando finalmente são confrontados com a justiça, fazem esse papelão.

E, como não poderia faltar em uma boa farsa, outro criminoso presente na mesma audiência teve sua liberdade provisória concedida pelo juiz. Porque, claro, no Brasil, justiça é questão de sorte e não de mérito ou culpa. Um toque final de ironia em um sistema que parece se esforçar para ser cada vez mais absurdo e incoerente.

O juiz, em um gesto quase cômico, encaminhou um ofício à 1ª delegacia de Polícia para investigar o episódio. Sim, vamos investigar por que um criminoso, que deveria estar trancafiado, destruiu uma sala de audiência ao ser informado que continuaria preso. Talvez devêssemos investigar por que o sistema insiste em tratar criminosos como vítimas e audiências de custódia como meras formalidades sem sentido.

Chega de palhaçada. A impunidade e a falta de coerência são os verdadeiros cânceres que destroem o Brasil. Basta de tratar criminosos com luvas de seda e audiências que se transformam em palcos de desordem. O povo brasileiro exige justiça verdadeira, onde a lei é respeitada e os criminosos são punidos com rigor. A paciência da sociedade está se esgotando, e a mudança precisa começar agora. Chega de teatro, chega de circo. Queremos justiça.

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