Nas eleições deste ano, ao menos nove cidades de Mato Grosso terão apenas um candidato disputando o cargo de prefeito. Com isso, eles precisarão apenas de um voto válido nas urnas para serem reeleitos. O cenário reflete uma tendência de consenso político em algumas regiões, onde boa avaliação dos gestores, alianças e acordos pré-eleitorais têm eliminado a competição direta entre os postulantes. Um exemplo é o município de Apiacás, Júlio Cesar dos Santos (MDB) concorre sozinho, outro exemplo é o município de Denise, na região médio-norte do Estado.
O prefeito Alcedir de Sousa Oliveira, o Marom (União) é candidato único. Em conversa com A Gazeta, o gestor diz que o seu trabalho minou qualquer tentativa da oposição lançar um nome. ‘O trabalho nosso foi tão forte e intenso, que mostramos resultados nestes 4 anos e que hoje é reconhecido pela população. Nossa aprovação de 89%’, disse Marom.
Apesar disso, o prefeito garante que irá fazer uma campanha forte para ajudar os candidatos a vereador da sua coligação, que além do União Brasil, conta com PP, MDB e PSB. ‘Nossas chapas de vereadores têm 33 concorrentes. Então nós vamos trabalhar para conseguir elegê-los’, completa. Outro que não tem nenhum concorrente é o prefeito de Lambari D’Oeste, Marcelinho da Bem Star (União). Ele credita o atual governador Mauro Mendes (União) pelo seu trabalho.
‘Desde 1º de janeiro de 2021 eu busquei o nosso governador que é um exemplo de gestor para conseguir parcerias e ajudar nosso município’, conta.
Marcelinho ainda aponta que sua gestão fez 22 mil quilômetros de asfalto, o que foi um recorde no município. ‘Em 28 anos fizeram 11 mil quilômetros de asfalto, e nós dobramos em 3 anos. Então mostramos que é possível fazer direito’, explica. Segundo ele, os dois vereadores da oposição não conseguiram articular nenhuma candidatura para concorrer. ‘Hoje eu tenho 94% de aprovação, e quero provar isso nas urnas. Vou fazer campanha como se tivesse adversário e mostrar o que entregamos’, finalizou.
Outros 6 prefeitos também não terão adversários, o que transformará a eleição de 6 de outubro em um referendo. Juninho (União) em Castanheira, Celso Padovani (União) em Marcelândia, Clenei Parreira em Ponte Branca, Vanderlei de Abreu em Porto dos Gaúchos, Thiago Engenheiro (PSB) em Santa Terezinha e Eduardo Português (PSD) em São Pedro da Cipa.
