Neste sábado (1º), deputados e senadores elegerão seus novos presidentes para o período 2025-2027; Davi Alcolumbre e Hugo Motta são os favoritos na disputa

Neste sábado (1º), as eleições para os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal marcarão o início de um novo ciclo legislativo, com os vencedores assumindo os cargos que regerão os trabalhos entre 2025 e 2027. As votações, que ocorrerão de forma secreta conforme determina a Constituição e os regimentos internos de ambas as Casas, têm gerado grande expectativa em Brasília.
A sessão para a eleição do Senado está marcada para as 10h, enquanto a da Câmara ocorrerá às 16h. Os nomes que despontam como favoritos para comandar as duas Casas são o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), ambos com amplo apoio político.
Candidatos à Presidência do Senado
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre busca retornar ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021, após ser um dos principais articuladores da eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência da Casa. Alcolumbre, conhecido pela habilidade política, conta com um apoio expressivo de 76 senadores, o que equivale a 94% da Casa. Seu arco de alianças inclui governistas e opositores, o que lhe garante um favoritismo quase certo.
Sua estratégia é atuar como moderador, equilibrando os interesses do Executivo e Legislativo, e evitar rupturas ideológicas, dividindo as vice-presidências entre PL e PT. Apesar de sua popularidade, Alcolumbre enfrenta desafios, principalmente por conta da pressão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a distribuição de emendas parlamentares, que é um dos pilares de sua influência.
Marcos Pontes (PL-SP)

O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, tenta se destacar como uma alternativa técnica e pragmática. Embora sua candidatura tenha sido apoiada apenas parcialmente por seu partido, o PL, sua imagem pública como o primeiro astronauta brasileiro pode atrair votos, mas ele ainda enfrenta dificuldades para consolidar alianças suficientes para vencer.
Marcos do Val (Podemos-ES)

Com uma forte atuação na área de segurança pública, o senador Marcos do Val busca se apresentar como uma opção dentro do Senado, mas enfrenta dificuldades para angariar apoio significativo. Seu partido, o Podemos, não fechou questão sobre sua candidatura, o que diminui suas chances de sucesso.
Eduardo Girão (Novo-CE)

Representante do partido Novo, o senador Eduardo Girão é um crítico do “sistema político tradicional” e defende maior independência do Senado. Embora seu discurso conservador tenha atraído alguns seguidores, a falta de apoio de sua legenda e o reduzido número de aliados dificultam suas chances de vitória.
Candidatos à Presidência da Câmara
Hugo Motta (Republicanos-PB)

Com 35 anos, Hugo Motta é apontado como o grande favorito para se tornar o mais jovem presidente da Câmara. Herdeiro de uma tradicional família política, Motta consolidou uma base sólida de apoio ao longo dos anos, especialmente dentro do Centrão, grupo que exerce forte influência no Congresso. Sua candidatura conta com o respaldo de 18 partidos, incluindo PL e PT.
Motta tem se comprometido a manter uma agenda de diálogo e equilíbrio, buscando atender tanto a base governista quanto a oposição. Apoiado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira, ele promete fortalecer as prerrogativas dos deputados e garantir maior previsibilidade nas votações.
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)

Pastor, ator e ativista social, Henrique Vieira é uma alternativa progressista na disputa pela presidência da Câmara. Defensor dos direitos humanos e das minorias, Vieira busca promover uma gestão mais transparente, participativa e voltada para o enfrentamento da violência política. Apesar das dificuldades em uma disputa marcada por candidatos mais consolidados, sua candidatura visa dar voz a setores sociais pouco representados.
Marcel van Hattem (Novo-RS)

Lançado pelo partido Novo, Marcel van Hattem representa a oposição ao Centrão e à política tradicional. Com um discurso voltado para a transparência e a independência do Legislativo, ele busca atrair deputados insatisfeitos com o atual sistema político. No entanto, a falta de apoio de sua legenda, que conta com apenas quatro deputados, limita suas chances de sucesso.
A eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado promete ser um momento decisivo para o futuro do Congresso Nacional e pode definir os rumos das articulações políticas nos próximos anos. A disputa é acirrada, mas com um claro favoritismo para Alcolumbre no Senado e para Motta na Câmara.
Fonte Rádio Rota FM