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Na tarde desta quinta-feira (16), indígenas de diversas comunidades em Belterra, no Baixo Tapajós, realizaram um bloqueio na rodovia BR-163, que liga Santarém a Cuiabá (MT). A mobilização é um ato de apoio à ocupação da sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém, iniciada na última segunda-feira (13).

Os manifestantes exigem a manutenção do Sistema Modular de Ensino (Some), com a garantia da presença de professores nas aldeias situadas em áreas isoladas do interior do Pará. O protesto reflete a insatisfação das comunidades indígenas em relação às mudanças resultantes da revogação da lei que regulamentava o sistema.

No quilômetro 83 da rodovia, próximo à Terra Indígena Bragança-Marituba, cerca de 200 a 300 pessoas são esperadas para reforçar o movimento. A região é habitada por aldeias de etnias como Borari, Munduruku e Arapiun, que se uniram para reivindicar seus direitos à educação de qualidade e culturalmente adequada.

Enquanto isso, o secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares, assegurou que o Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) será mantido, incluindo o Somei, voltado especificamente para povos indígenas. “O Some está garantido na legislação, no artigo 46. Não há nenhum movimento de fechamento nesse sentido”, afirmou Soares. Ele também destacou que as mudanças recentes envolvem ajustes legislativos, como a unificação de normas e alterações em gratificações, mas sem comprometer a continuidade do ensino nas comunidades.

Apesar das garantias, as comunidades seguem mobilizadas, destacando a importância do Some para a preservação da educação indígena e da cultura local.

 

Fonte: Rádio Rota FM

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