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Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

 

Antes do fim de 2024, a F1 divulgou os números escolhidos pelos 20 pilotos do grid de 2025 para seus respectivos carros na temporada que começa em 16 de março deste ano. Dentre eles há um número familiar para muitos brasileiros que viram Ayrton Senna correr no início de sua carreira: o 12, que estampará o carro do calouro Andrea Kimi Antonelli. E segundo o próprio adolescente, a escolha foi intencional.

– É por causa do Ayrton. Mas também é o número que usei pela primeira vez em monopostos. Na F4, comecei a usar o 12 logo de cara e deu muito certo. Espero que eu possa continuar assim na F1. Deu muito certo. Além disso, eu tinha 12 anos de idade quando entrei para o programa para jovens pilotos da Mercedes, então isso também se aplica – revelou o italiano.

Senna disputou as temporadas de 1985 a 1988 com o carro de número 12, num período em que os pilotos ainda não poderiam escolher como seriam reconhecidos. Nas duas primeiras temporadas com o carro 12, o brasileiro representava a Lotus, sua segunda equipe na categoria (ele estreou em 1984 com a Toleman).

Já na última, em 1988, ele estreou pela McLaren e fechou o ano com um título mundial inédito. No ano seguinte, Ayrton passou a correr com o número 1, ao qual tinha direito como campeão. Depois, adotou o 27 (em 1990), o 2 (em 1992 e 1994) e o 8 (em 1993).

A admiração por Senna surpreende, já que Antonelli nasceu 12 anos depois da morte do brasileiro tricampeão, em 1994: nascido em 2006, o italiano tem hoje apenas 18 e será o piloto mais jovem da F1 em 2025.

– Eu sempre vibrava muito quando via vídeos do Senna. Quando eu era criança, assistia a todos os DVDs das temporadas dos anos 1980 aos anos 2000 e, em um deles, lembro-me de ter visto Ayrton e ele realmente se destacou. Sei que não tive a sorte de vê-lo competir, mas quando assisti a todos esses vídeos, me dei conta de todas essas corridas incríveis que ele fez. Assisti ao documentário e à série recente também. Ele é meu ídolo por causa de quem ele era fora da pista e também dentro dela. Um piloto incrível, mas também uma ótima pessoa. Isso me inspirou, e seria muito legal ser capaz de alcançar nem que fosse uma pequena parte do que ele fez em minha carreira – explicou o calouro.

Foto: Massimiliano Donati/Getty Images

 

Kimi vai calçar sapatos grandes neste campeonato que se inicia em março: substituirá o heptacampeão Lewis Hamilton, que deixou a Mercedes para juntar-se à Ferrari neste ano. O italiano recebeu apoio do próprio veterano quando foi anunciado como novo titular da oito vezes campeã de construtores, em agosto passado.

O adolescente, que tirou recentemente sua carteira de motorista na Itália, é natural da Bolonha. Ele é considerado por muitos um “novo Max Verstappen” já que, assim como o tetracampeão da RBR, queimou algumas etapas para chegar à elite do automobilismo europeu: enquanto Max não correu na Fórmula 2, Kimi pulou a Fórmula 3 direto para a F2.

O italiano terminou a temporada da categoria, vencida pelo brasileiro Gabriel Bortoleto, em sexto lugar – com duas vitórias em três pódios. Kimi é tão jovem, que ainda estava na escola quando foi anunciado como titular da Mercedes.

Até 2024, ele cursava o quinto e último ano do equivalente ao ensino médio em um instituto técnico da Itália, com ênfase em Relações Internacionais e Marketing. Ele chegou a ser visto com livros da escola no aeroporto após uma das etapas da F2.

Filho de Marco Antonelli, ex-piloto da GT3, DTM e Fórmula 4, o pupilo da Mercedes assinou com a equipe alemã em 2018. Sua estreia em carros de fórmula foi em 2021 na F4 italiana, da qual foi campeão em 2022. No mesmo ano, levou também a F4 alemã. Ele ainda tem no currículo títulos da Formula Regional Europeia, a FRECA, e a Fórmula Regional do Oriente Médio.

A F1 retorna oficialmente em 16 de março com o GP da Austrália, primeira etapa de um total de 24 previstas no próximo campeonato

 

 

 

Fonte: ge

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