A Polícia Civil realizou a segunda fase da Operação Eclipse, com o objetivo de descapitalizar e desestruturar financeiramente uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no município de Água Boa.

Coordenada pela Delegacia de Polícia de Água Boa, a ação cumpre mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de valores, atingindo diretamente o patrimônio do grupo criminoso. Entre os alvos, estão um veículo Mercedes-Benz e um imóvel, ambos pertencentes à organização criminosa.
A operação integra o programa Tolerância Zero às Facções Criminosas, que visa enfraquecer economicamente essas organizações, impedindo sua continuidade e expansão.
Prisão de casal em flagrante levou à segunda fase da operação
As investigações, conduzidas pelo delegado Matheus Soares Augusto, identificaram um complexo esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que ficou ainda mais evidente após a prisão em flagrante de um casal, no último dia 27 de janeiro, na cidade de Barra do Garças.
O casal, já investigado pela polícia, foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-070, transportando 21,4 quilos de cocaína escondidos no assoalho de um veículo Hyundai Creta. Com o avanço das apurações, a Polícia Civil confirmou que os suspeitos possuem posição de liderança no tráfico de drogas nas cidades de Água Boa e Ribeirão Cascalheira, além de um histórico criminal extenso, incluindo condenações anteriores.
As investigações também apontaram o uso de laranjas e empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos obtidos com o tráfico, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro.
Estratégia policial mira o financeiro da facção
O delegado Matheus Soares Augusto destacou a importância do impacto financeiro para o combate às facções criminosas.
“A prisão em flagrante dos investigados forneceu evidências concretas sobre a atuação do grupo no tráfico. A apreensão de uma quantidade significativa de cocaína e a identificação do veículo utilizado estabeleceram mais uma ligação direta entre os suspeitos”, explicou.
Com base nas provas, a Polícia Civil solicitou à Justiça o bloqueio de bens e valores, além da expedição de mandados judiciais cumpridos nesta quinta-feira (30). “A segunda fase mira a descapitalização do crime organizado. O efetivo combate às organizações criminosas vai além das prisões; está na desestruturação financeira do grupo, impedindo que as facções continuem se perpetuando e expandindo seus campos de atuação”, concluiu o delegado.
Fonte Rádio Rota FM