SOJA
Pesquisa e serviços agronômicos são realizados por meio de uma vitrine de cultivares no município de Alta Floresta
Uma vitrine de cultivares foi instalada pela Fundação Mato Grosso (Fundação MT) em Alta Floresta. O intuito é reforçar os esforços em torno da pesquisa agronômica e analisar o comportamento das plantas em um ambiente de baixa altitude e alta proximidade com a linha do Equador.
A vitrine conta com 61 cultivares de soja, representando 19 empresas obtentoras e diferentes plataformas tecnológicas, segundo a entidade. A previsão é que a colheita, com avaliação das variedades, deve ocorrer nos próximos 40 dias.
A Fundação Mato Grosso pontua que a região do extremo norte do estado tem se tornado um novo foco de trabalho visto as suas peculiaridades ambientais.
A região apresenta desafios significativos para a agricultura. Entre eles estão a distribuição regular de chuvas, temperaturas elevadas, alta radiação solar e diversidade de tipos de solo.
Essas características, salienta a Fundação Mato Grosso, tornam a região uma área prioritária para estudos que possam auxiliar na expansão agrícola sustentável, alinhada às demandas do bioma amazônico.
Segundo Daniela Dalla Costa, pesquisadora da Fundação, a diversidade genética das cultivares permite uma análise aprofundada sobre a adaptação dos materiais às condições locais das lavouras localizadas no extremo norte de Mato Grosso.
“Além de compreender o comportamento das variedades, o estudo fornece informações cruciais para o posicionamento de materiais genéticos, beneficiando diretamente os produtores locais. Os resultados são fundamentais para desenvolver estratégias de manejo mais eficientes e sustentáveis”, explica Daniella, que é especialista em fitotecnia.
Conforme a Fundação Mato Grosso, entre os destaques do projeto em Alta Floresta está a inclusão de áreas sem aplicação de fungicidas, voltadas para o estudo da sensibilidade das cultivares a doenças como a mancha-alvo e a podridão dos grãos.
“Apesar da alta pressão de doenças, observamos uma menor incidência de mancha-alvo na região em comparação a outras localidades do estado, como por exemplo na região de Campo Novo do Parecis, no oeste mato-grossense”, destaca Dalla Costa.
Apoio técnico e capacitação para produtores locais
Além dos experimentos de campo, a Fundação Mato Grosso oferece serviços agronômicos que incluem amostragens para diagnóstico de solo e de nematoides, consultoria agronômica e plataforma de dados digital.
De acordo com Douglas Coradini, head de serviços da Fundação, o objetivo é capacitar produtores e suas equipes para que possam desenvolver uma agricultura mais eficiente e adaptada à realidade local. “Também realizamos palestras, treinamentos e análises laboratoriais nas áreas de entomologia e nematologia, que são ferramentas essenciais para um manejo agrícola eficaz”.
A presença de equipes da Fundação Mato Grosso, frisa a entidade, para atendimento aos agricultores de Alta Floresta e região reafirma o seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade no setor agrícola de todo o estado. O trabalho integra pesquisa aplicada, ajuste de manejo e suporte técnico, visando não apenas aumentar a produtividade, mas também oferecer informações que apoiem decisões mais adequadas por parte dos produtores.
Fonte Canal Rural MT