Rapper enfrenta acusações de tráfico sexual, extorsão e prostituição; caso pode resultar em prisão perpétua.

Teve início nesta segunda-feira (5), nos Estados Unidos, a seleção do júri que atuará no julgamento criminal de Sean “Diddy” Combs. O artista e empresário é acusado de diversos crimes federais, entre eles conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. Caso seja condenado em todas as acusações, poderá cumprir pena de prisão perpétua.
Preso desde setembro de 2024 no Centro de Detenção Metropolitano (MDC), no Brooklyn, Combs se declarou inocente das acusações iniciais e também de novas imputações apresentadas em abril de 2025, quando o Ministério Público adicionou mais um caso de tráfico sexual e outro de transporte para prostituição.
Segundo os promotores, ao menos três mulheres foram coagidas a praticar atos sexuais com o réu, às vezes também com prostitutos masculinos, em eventos conhecidos como “Freak Offs”. Nessas ocasiões, as vítimas teriam sido drogadas e forçadas a participar de atos sexuais por vários dias. Ainda conforme a acusação, Combs gravava os encontros e usava promessas de oportunidades profissionais, dinheiro e ameaças para manter o controle sobre as vítimas.
O julgamento, que não será televisionado conforme as regras do tribunal federal, será conduzido pelo juiz Arun Subramanian, nomeado à Corte Distrital em 2023 pelo presidente Joe Biden. Subramanian assumiu o caso após recusas anteriores dos juízes Robyn Tarnofsky e Andrew Carter, os quais já haviam negado os pedidos da defesa para concessão de fiança.
Entre os principais advogados de defesa estão Marc Agnifilo, conhecido por representar figuras polêmicas como Martin Shkreli e Keith Raniere, e Teny Geragos, sócia da Agnifilo Intrater e filha do célebre advogado Marc Geragos. Brian Steel, advogado do rapper Young Thug, também integra a equipe.
A acusação será conduzida por promotoras federais do Distrito Sul de Nova York. Quatro vítimas foram apontadas nos autos e deverão testemunhar durante o julgamento. Cassie Ventura, ex-namorada de Combs e uma das principais testemunhas, deporá usando seu próprio nome. Em 2023, ela moveu uma ação civil contra o acusado, alegando abuso físico e estupro. O processo foi encerrado um dia após sua apresentação.
Um vídeo de 2016, divulgado em 2024,mostrou Combs agredindo e arrastando Ventura. Após a repercussão, ele publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, admitindo o comportamento. O juiz já autorizou que essas imagens sejam apresentadas ao júri.
Fonte:CNN Pop/Redação