Fonte: rotamt.com.br
Encontro descontraído entre o senador do PL-MT e o presidente nacional do PSD, repleto de gestos e risadas, acendeu rumores sobre possível realinhamento político.
por Daniel Trindade
Na última terça-feira (21/10), o senador Wellington Fagundes (PL-MT) foi visto em longa conversa ao pé do ouvido com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, nos corredores de Brasília. O papo foi animado, cheio de gestos e risadas daqueles que despertam curiosidade nos bastidores do poder. 
Entre cumprimentos e cochichos, a pergunta inevitável ficou no ar: será que vem troca de partido por aí?
A cena, observada por parlamentares e assessores, chamou atenção não apenas pela descontração, mas também pelo significado político que pode carregar. Fagundes, hoje no PL, é conhecido por transitar com desenvoltura entre legendas de centro e centro-direita. Já Kassab, um estrategista experiente, mantém o PSD como uma das siglas mais articuladas e influentes do país, com atuação decisiva em diversas frentes regionais.
Nos bastidores, o encontro foi interpretado como um movimento de aproximação política que pode ter desdobramentos importantes. Nenhum dos dois comentou oficialmente o teor da conversa, mas aliados descrevem o diálogo como “amistoso e produtivo” — uma expressão clássica de Brasília para conversas que costumam render efeitos futuros.
Fontes próximas ao PSD apontam que Kassab tem intensificado o contato com lideranças do Centro-Oeste para fortalecer o partido em Mato Grosso, estado onde o senador Fagundes mantém forte base eleitoral e influência sobre o setor produtivo.
Veterinário de formação, Fagundes iniciou sua carreira política na década de 1990, foi deputado federal por seis mandatos e ocupa o cargo de senador desde 2015. Kassab, engenheiro e economista, foi prefeito de São Paulo, ministro de Estado e hoje comanda o PSD com reconhecida habilidade de articulação, transitando entre diferentes espectros políticos.
Por enquanto, nenhuma negociação formal foi confirmada. Mas, como se costuma dizer nos corredores do Congresso, conversas ao pé do ouvido e risadas discretas quase nunca são apenas coincidência.
