A Fenasucro & Agrocana, maior evento de bioenergia do país que acontece em Sertãozinho (SP) em agosto, projeta superar em 2024 os R$ 8,3 bilhões em negócios da edição passada. Essa movimentação, segundo os organizadores, deve ser impulsionada pela urgência de ações contra as mudanças climáticas e pelo protagonismo do Brasil na geração de fontes alternativas.
Na avaliação do diretor da feira, Paulo Montabone, desde o Pró-Alcool, programa governamental que buscou estimular a produção de etanol há mais de três décadas no país, esse é o melhor momento para as empresas do setor colocarem suas inovações no mercado.
“Nossas indústrias podem ajudar de forma efetiva a construir esses equipamentos, esses serviços, esses produtos, para que a gente consiga mitigar a emissão de CO2 no mundo e hoje as mudanças climáticas que batem na nossa porta cada vez mais cedo, mais rápido, fazem com que a gente fique cada vez mais entusiasta dessa tecnologia”, afirmou nesta quarta-feira (22), durante um seminário com números e tendências da bioenergia que marcou o lançamento oficial da Fenasucro.
Realizada há 30 anos em uma das principais regiões produtoras de cana-de-açúcar e de etanol do país, a Fenasucro, agora chamada de Feira Mundial da Bioenergia, será realizada entre 13 e 16 de agosto no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, com estandes divididos em cinco setores:
- bioenergia;
- agrícola;
- transporte e logística;
- indústria;
- energia
Nesses espaços, visitantes – além do Brasil são esperados representantes de mais de 50 países – poderão conferir o que mais de novo em geração de fontes sustentáveis e renováveis como etanol, biogás e SAF, o combustível da aviação, o que resulta em mais de três mil produtos de marcas nacionais e internacionais.
Para a edição deste ano, além da área interna, 20 setores foram criados na parte externa para comportar os lançamentos.
O evento ainda conta com rodadas internacionais de negócios e 100 horas de seminários e palestras.
Bioenergia no Brasil
As fontes renováveis correspondem a cerca de 50% da matriz energética brasileira, ou seja, tudo que existe para o funcionamento de atividades econômicas como indústria e comércio, e humanas, segundo números divulgados pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), durante um seminário realizado em Sertãozinho nesta quarta-feira durante o lançamento da Fenasucro.
Elas também correspondem a 88% da geração de energia elétrica no país.
Nesse cenário, a cana-de-açúcar, sua cadeia produtiva e derivados estão entre as soluções mais representativas, não só como fonte de etanol para carros e de SAF para aviões, como também para a produção de biometano para veículos pesados, biogás para geração de eletricidade e de hidrogênio verde, chamado de combustível do futuro como substituto do petróleo.