CBF recorre ao STF para manter Ednaldo Rodrigues na presidência após decisão de afastamento

Pedido foi encaminhado ao ministro Gilmar Mendes após Justiça do Rio anular acordo que sustentava permanência de Ednaldo no comando da entidade

Crédito:Reuters/Chalinee Thirasupa/Direitos Reservados

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. O recurso foi encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, relator de decisões anteriores que garantiram a permanência do dirigente no cargo.

A decisão de afastamento foi proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, que também nomeou Fernando Sarney — um dos vice-presidentes da CBF e autor do pedido judicial contra Ednaldo — como interventor provisório da entidade. A fundamentação do magistrado teve como base indícios de falsificação da assinatura do ex-vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, o “Coronel Nunes”, em um acordo homologado pelo próprio STF.

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“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”, escreveu Zefiro em sua decisão.

O acordo em questão havia sido homologado em fevereiro de 2024 por Gilmar Mendes, encerrando uma disputa judicial em torno da eleição de Ednaldo Rodrigues. O pacto envolveu a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), garantindo a permanência de Ednaldo no comando após a anulação de eleições consideradas irregulares, realizadas em 2017.

Em dezembro de 2023, o TJRJ havia decidido pelo afastamento de Ednaldo, sob o argumento de que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre o Ministério Público e a CBF em 2022 — e que possibilitou nova eleição vencida por Ednaldo —, seria ilegal.

Na semana passada, Gilmar Mendes manteve Ednaldo no cargo, mas determinou que a Justiça fluminense investigasse a possível falsificação da assinatura. Agora, com a nova decisão desfavorável ao dirigente, a CBF busca mais uma vez reverter o afastamento no STF.

O cenário segue instável, com nova disputa jurídica em andamento e incertezas quanto à liderança da entidade máxima do futebol brasileiro.

Fonte:agência Brasil/Redação

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